sábado, 6 de julho de 2013

Reino Unido dá ultimato para Google esclarecer como usa dados pessoais

 O Reino Unido deu um ultimato para que o Google melhore sua política de privacidade, documento que define como a companhia capta, processa e utiliza os dados dos consumidores em seus serviços.
Nesta quinta-feira (4), o Gabinete da Comissão de Informação (ICO, na sigla em inglês) enviou uma carta à empresa estabelecendo o dia 20 de setembro como prazo para as adequações. Em caso de descumprimento, ameaça a empresa com “ações formais”.
O ICO é a autoridade de proteção de dados do Reino Unido, que zela pelas boas práticas na gestão das informações pessoas dos consumidores e é responsável pela aplicação de sanções às empresas em caso de abuso.
Apesar de a União Europeia possuir uma lei geral de proteção de dados pessoais, cada país membro possui ainda uma versão nacional da legislação. Afora as diferenças regionais, cada lei cria uma autoridade responsável pela proteção dos dados pessoais dos consumidores.
Com base nessas leis, uma entidade que defende a privacidade na internet abriu processos contra as empresas de tecnologia Facebook, Apple, Microsoft, Skype e Yahoo! por colaborarem com o programa de espionagem do governo dos Estados Unidos. Chamado de Prism, o programa captava informações de usuários de serviços na web dessas empresas.
Segundo o ICO, a ação de enquadrar o Google foi tomada após discussões com as outras 27 autoridades de proteção do bloco. O ultimato do Reino Unido foi feito na esteira de anúncios similares de Espanha e França.
“Nós acreditamos que a atualização da política [de privacidade] não provê informação suficiente que permite aos usuários do Reino Unido dos serviços do Google entendam como suas informações serão usadas em todos os produtos da companhia”, escreveu o ICO, em nota.
Em 2012, o Google unificou as várias políticas de privacidade de seus diversos serviços. Desde então, órgãos de proteção argumentam que falta clareza em como a empresa utiliza as informações incluídas pelos consumidores em serviços como o Gmail, YouTube e a rede social Google+.
“Agora, o Google terá que fazer emendar em sua política de privacidade para torná-la mais informativa para os indivíduos que usam seus serviços. Falhas em implantar até 20 de setembro as ações necessárias para melhorar sua política para que estejam de acordo com o Ato de Proteção de Dados abrirá a possibilidade de uma ação formal”, afirmou o ICO.
“Nós continuaremos a coordenar esforços para garantir que o direito à privacidade das pessoas seja respeitado”, completa a autoridade britânica.

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