sábado, 6 de julho de 2013

Fisl 14: "Facebook vigia mais do que a rede de inteligência dos EUA", alerta ciberativista

A denúncia de que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) consegue vigiar os dados dos usuários das redes sociais marcou um dos principais debates desta sexta-feira (5) no Fórum Internacional de Software Livre (Fisl) . 
O professor em Computação da Universidade de Brasília, Pedro Rezende, contextualizou a discussão a partir do vazamento de informações do ex-técnico da CIA, Edward Snowden, que relevou que os Estados Unidos possuem uma ação de vigilância e controle de dados dos usuários em redes sociais, e-mails e telefones. Rezende alertou os participantes sobre a constante interferência do governo norte-americano na privacidade dos usuários. Recentemente, o presidente da Bolívia, Evo Morales, teve dificuldades de pousar em solo europeu após suspeitas de que o seu avião levasse Snowden, que está foragido. 
Mas para o ativista e consultor em inclusão digital, João Caribé, a rede social Facebook também pode ser considerada um sistema de vigilância maior do que o próprio programa dos Estados Unidos. “O Facebook supera o programa de vigilância dos Estados Unidos pois ele tem os seus dados, sabe onde você está, com quem se relaciona e tudo mais”, afirma. Caribé exemplifica que, mesmo sem querer, o usuário ao integrar a agenda de contatos do celular com a rede social passa a fornecer os dados de amigos e familiares para a ferramenta. “Antes, diziam que era o Google que sabia mais sobre a gente, agora é o Google e o Facebook”, completa.
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Já o sociólogo e professor da Faculdade de Comunicação Cásper Libero, Sérgio Amadeu, considera que as operadoras de telefonia são, nesse momento, um dos maiores entraves para a liberdade na web. “Querendo ou não, vocês ainda tem a opção de usar ou não o Google. Mas eu desafio navegarem na web sem dependeram das operadoras de telefonia”, compara.
De acordo com o professor,  caso o Marco Civil da Internet não seja aprovado logo, as empresas de telecomunicações podem utilizar o tráfego da rede de forma indevida, privilegiando dados de alguns grupos e bloqueando outros.
Mais cedo, em entrevista ao Portal EBC, o sociólogo falou sobre a importância da mobilização pelas redes sociais e o papel do software livre na luta pela liberdade na internet. Confira:

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